segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Informação, Competitividade e Estratégia

Estes conceitos estão integrados entre si e são complementados pelos conceitos de flexibilidade, dinamismo, eficiência e eficácia (efetividade).

Informação e competitividade:

A informação desempenha papéis importantes tanto na definição quanto na execução de uma estratégia. Isso se dá em relação ao aperfeiçoamento da definição de estratégias competitivas, à capacidade de executar estas estratégias ou à habilidade necessária para garantir que estratégias e execução permaneçam sincronizadas entre si e com o ambiente competitivo.

Ao atuar na definição da estratégia sobre o ambiente competitivo e sobre a organização, a informação auxilia os executivos a identificar tanto as ameaças quanto às oportunidades para a empresa e cria o cenário para uma resposta competitiva mais eficaz. A informação funciona também como recurso essencial para a definição de estratégias alternativas.

Já na execução da estratégia competitiva, as informações propiciam novas alternativas para a elaboração de processos que criam e oferecem produtos e serviços. A informação representa uma das ferramentas mais importantes e maleáveis a serem utilizadas pelos executivos para diferenciar produtos e serviços. Em alguns casos, a informação é o próprio produto (McGEE e PRUSAK, 1998).

Informação e flexibilidade:

A informação é essencial para a criação de uma organização flexível na qual existe um constante aprendizado. De posse das informações necessárias e atualizadas, a empresa pode implementar imediatamente a realização estratégica de seus objetivos e reconhecer, com maior facilidade, a necessidade de modificá-los quando se tornarem ineficazes (McGEE e PRUSAK, 1998).

A informação tem a capacidade de tornar a empresa mais flexível à medida que a melhoria da coordenação, comunicação e colaboração entre os indivíduos levam à captação do conhecimento para o benefício da organização. Isso pode ocorrer de duas formas. Uma delas é pela transparência do conhecimento especializado e do aprendizado individual para os que necessitam ou podem lucrar por meio deste conhecimento. A outra é o desenvolvimento de métodos de coleta e preservação do conhecimento tácito, daquilo que os especialistas aprendem por meio de suas memórias e experiências (REZENDE, 2001).

Embora muitas organizações reconheçam que seu mais valioso ativo deixe suas instalações ao final de um dia de trabalho, poucas têm dado o devido valor às informações destes profissionais, buscando sistematicamente outras formas de coletar e preservar esses conhecimentos especializados (McGEE e PRUSAK, 1998).

À medida que o conhecimento é difundido, a empresa deixa de ter a visão típica da sociedade industrial. Nesse modelo, a empresa esta baseada em uma estrutura hierárquica e na subdivisão do trabalho por especialidades ou funções. Cada departamento vê e entende somente suas próprias tarefas, sem conectá-las com outros departamentos, produtos finais e metas da organização. No novo contexto, as empresas passam a ter a visão de uma organização flexível, em que a comunicação e a informação fluem por todos os setores (ARAUJO, 1985; LUPORINI e PINTO, 1985; NEWMAN, 1987; MAÑAS, 1994).

Informação e dinamismo:

As organizações estão modificando-se profundamente, invertendo suas pirâmides organizacionais, criando unidades de negócios autônomas, descentralizando decisões, constituindo parcerias. A garantia de sua integração e da manutenção de parâmetros comuns de atuação é dada pela informação, que flui entre suas várias partes. Os Sistemas de Informação funcionam como o esqueleto de sustentação da organização.

A Tecnologia da Informação na empresa global, além de corresponder ao instrumento básico para tratar seu principal recurso, a informação, possibilita aplicação estratégica por trazer ganhos reais à instituição.

O que movimenta a empresa e o que lhe dá dinamismo é o conjunto de seus Sistemas de Informação, ou seja, a gama de informações produzidas por seus sistemas, de modo que possibilite o planejamento, a coordenação e o controle de suas operações. Pode-se afirmar que uma empresa é a mais dinâmica, mais agressiva e mais atuante do que outras quando possui melhores sistemas de comunicação (ENSSLIN, 1995).

Estrutura de forma adequada, a informação, conseqüentemente, torna a empresa mais dinâmica. Isso acontece a ponto de se poder afirmar que tanto mais dinâmica será uma empresa quando melhores e mais adequadas forem as informações que os executivos dispõem para a tomada de decisão (CASSARRO, 1999).

Informação, eficiência e eficácia (efetividade):

A eficiência, em relação ao sistema organizacional diz respeito a resultados decorrentes de uma atividade qualquer, ou seja, trata-se da escolha certa para determinado problema ou decisão.

A eficiência de uma empresa pode ser definida pela relação entre resultados obtidos e resultados pretendidos. Para que uma empresa possa adotar políticas estratégicas eficazes, é necessário que estas sejam baseadas em informações, que passa a ser a principal matéria-prima de qualquer organização (BIO, 1993). A informação certa comunicada a pessoas certas é de importância capital para a empresa. A efetividade é a somatória da eficiência e da eficácia.

Portanto, ao considerar a informação como matéria-prima principal para a tomada de decisão na organização, torna-se necessário que esta se preocupe com a qualidade da informação que é fornecida a seus decisores. Para decisões realmente eficazes, é necessário um cuidado detalhado com a integridade, precisão, atualidade, interpretabilidade e valor geral da informação (McGEE e PRUSAK, 1998).

2 comentários:

  1. Excelente dissertação Luiz Eduardo, muito claro e objetiva, sobre a importância da informação e a qualidade dela nas tomadas de decisão e a eficiência administrativa de uma empresa. Sou estudante de Análise e desenvolvimento de sistemas, e achei muito rico e esclarecedor seu texto. Fabio Morgado

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  2. PARABÉNS PELO MATERIAL.

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