segunda-feira, 3 de agosto de 2009

O caso – Magazine Luiza

O Magazine Luiza foi o precursor do varejo eletrônico no Brasil [Negócios Exame, 2001]. Em 1992, muito antes da explosão comercial da Internet, ele já trabalhava com lojas virtuais. Suas lojas virtuais, sem estoques e sem mercadorias expostas, possuíam apenas computadores, munidos de catálogos de produtos, e funcionários que orientavam os compradores a utilizar os equipamentos, tirando suas dúvidas. Enquanto a grande maioria das empresas adotava o comércio eletrônico procurando forçar seus clientes a visitar seus sites (gastando muito dinheiro com sua divulgação e esperando que o simples fato de estarem na Internet levasse os consumidores a comprar pela Internet), o Magazine Luiza resolveu usar um conceito bem diferente. Ele resolveu educar e habituar seus consumidores ao sistema de compras eletrônicas, deixando que os próprios consumidores decidissem como preferiam comprar. Os funcionários existentes nas lojas tiram dúvidas e auxiliam os compradores a utilizar os equipamentos. Suas lojas virtuais continuam sem estoques nem mercadorias expostas, contando agora com computadores ligados à Internet, possibilitando compras on-line por todos os tipos de clientes (tanto nas lojas como em casa, via Internet).

O emprego que o Magazine Luiza fez do conceito de lojas virtuais, com atendimento personalizado, mostrou ser uma estratégia acertada de varejo eletrônico.

Com sua visão inovadora de comércio eletrônico, o Magazine Luiza foi criando "mind-share" (difusão dos conceitos de uma idéia e trabalhar no seu marketing de forma a torná-la comum e popularizar o seu uso) e foi conquistando seus consumidores pelo respeito às preferências de compra de cada um.

Além do mais, o dinheiro que economizou sem fazer propagandas para divulgar seu site no auge da Internet pôde ser usado depois em campanhas nacionais. Um emprego de dinheiro muito mais eficiente, uma vez que o mind-share e a cultura do comércio eletrônico já tinham sido implantados.

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